dispo-me, a roupa
no chão, a luz cega
da janela, um reflexo
de sol, um fim de tarde
ameno, é verão
suponho, abro mão
das tuas conversas, o vazio
a me assombrar, as noites
silenciosas, as brisas de mar
entram, sem pedir
se é hora, é de partir
o coração, esses nãos
bem-ditos, mal-ditos
os teus quereres, superiores
aos meus, nem pensar
em te dizer, (in)feliz que
ao menos é verão.
{ 10 - 03 - 18 }
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