é como
uma espinha
a vontade é
de arrancá-la
espremê-la
entre as unhas
imundas
apertá-la
com os dedos
oleosos
e quanto mais
se tenta
pior ele fica
um poema
como uma espinha
há que se deixar
secar e morrer
de desistências
antinaturais
quinta-feira, 28 de março de 2024
um poema
quinta-feira, 14 de março de 2024
sábado, 9 de março de 2024
corpo a corpo
tomar a tua mão seria
totalmente vulgar
tenho a tua distância
trato de dar tempo
ao ritual do toque
encosto na tua mão
entendo que não é minha
ainda e aos poucos me revolto
me revolvo ao teu redor
teus olhos sofisticado
redemoinho de desejo
te tomo inteiro sob meus braços
te derrubo e te cubro
com o meu corpo seminu
e quente
nossos dedos se entranham
agarro a tua pele macia
sinto os teus músculos tensionados
todo o teu corpo duro
cheiro o teu suor e o teu prazer
me debruço sobre ti enfim
te conquisto
e me entrego
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