ora thiago falando de frankenstein
entro
nos teus lábios
observo cautelosa
a flor que se abre
entre meus dedos
toco a carne
da tua boca
desdentada
crio espaço
no pulso do teu
coração que hoje
especialmente para mim
não sangra
me espera
ali dentro
não crio
poderíamos
querendo a natureza
procriar
eu com meus dedos
em mim
fazendo nascer
o poema
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