domingo, 6 de outubro de 2024

(libido entre criadora e criatura)

ora thiago falando de frankenstein

entro
nos teus lábios
observo cautelosa
a flor que se abre
entre meus dedos
toco a carne
da tua boca
desdentada
crio espaço
no pulso do teu
coração que hoje
especialmente para mim
não sangra
me espera
ali dentro
não crio
poderíamos
querendo a natureza
procriar
eu com meus dedos
em mim
fazendo nascer
o poema

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na academia

a frieza da palavra me toma como uma lâmina de ferro gelado parece vidro porque é frágil mas me permeia como as árvores o vento