sábado, 24 de fevereiro de 2018

rejeito

essas paredes
esses papéis
m’embrulham feito lixo
orgânico bem fechado
que é pra não sair cheiro
não entrar mosca varejeira
bem empacotado num saco
preto não reciclável e lá dentro
me jogam – o latão vermelho:
onde encontro tantos outros
socados como eu
apertados uns nos outros
sem nunca se encostar.
o suor que escorre entre
um plástico e outro
a nos enojar
e separar


{Jan 2016, atualizado}

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na academia

a frieza da palavra me toma como uma lâmina de ferro gelado parece vidro porque é frágil mas me permeia como as árvores o vento