sábado, 24 de fevereiro de 2018

me sacode às seis horas da manhã

o café mal termina de passar
e a cafeteira grita rouca,
como uma louca avisa:
a água ferveu!; o gato mia
espraiado pegando o sol da
manhã, mal acordado; a solda
da cafeteira, quase derretida,
queima a mão da guria,
desavisada, que grita:
aah!
e um bom dia.

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na academia

a frieza da palavra me toma como uma lâmina de ferro gelado parece vidro porque é frágil mas me permeia como as árvores o vento