não é o nojo da barata
(que anda cascuda e
desnuda pela rua,
suja e noturna,
até às tubulações
do pequeno apartamento),
nem a ojeriza do rato
(que corre pela praça
e caça um resto de
maçã que apareça,
e também anda pelas
encanações do meu
pequeno apartamento),
não é a repulsa da lagartixa
(que sobe a parede,
lisa e úmida,
em dias de chuva,
no meu pequeno apartamento),
nem a quietude do gato
(que dorme,
cinza e quente,
em dias amenos):
é, talvez, a tristeza em buscar
preencher o vazio da voz
na tua prece não-dita
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