sábado, 20 de setembro de 2025

eu peço toda noite a Deus
pra que você mude — minha mãe

toda noite ela tece
sentada feito penélope
chego no seu quarto
e a vejo com a agulha
entre os dentes puxando
o fio que reconstrua
o cordão umbilical
que eu tanto tento
comer com os dentes
afiados e tristes

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na academia

a frieza da palavra me toma como uma lâmina de ferro gelado parece vidro porque é frágil mas me permeia como as árvores o vento