segunda-feira, 9 de junho de 2025

minhas mãos naquele momento
pareciam feitas de vidro quente
frágeis e aquecidas tentavam
segurar o sangue dentro de mim
ou as lágrimas ou esse mel
que a todo momento parecia 
buscar um caminho-saída

não sentia meu corpo explodir
mas sobretudo como se eu precisasse
ser maior maior maior maior maior
como se em mim faltasse espaço
mas não por erro matemático
do que há dentro mas 
sim como se necessário fosse
que meu corpo fosse plástico
em vez de vidro

como se pudesse esticar mais


do que 'rebentar

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na academia

a frieza da palavra me toma como uma lâmina de ferro gelado parece vidro porque é frágil mas me permeia como as árvores o vento