um café bem passado
se fica parado –
numa mão fria
que não desvia
a atenção das
memórias idas –
fica amargo
e ácido,
vencido.
que fardo
infeliz é tomá-lo
desavisado
não ter notado
o pó sedimentado
no fundo da xícara
– vermelha e verde,
presente de um dia quente –
que embaraço
é encontrá-lo amarescente.
no fundo
as memórias de um café
ainda quente e cheio de fé,
nenhum tom acre ainda.
é como a primeira namorada.
{01-09-17}
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